Seguindo os passos de David E. Zimerman e considerando a importância de se fazer uma diferenciação entre psicanálise, psicoterapia e terapia analítica, começaremos com uma metáfora: assim como existem os extremos da claridade do dia e da escuridão da noite, também existem os estados intermediários como são a aurora e o crepúsculo.
De forma análoga, pode-se dizer, esquematicamente, que a psicoterapia (tanto individual como em grupo) tem uma finalidade mais restrita, como resolver crises vitais e acidentais; remover sintomas agudos de quadros de transtornos mentais, como angústia, fobia, paranoia etc., propiciar melhor adaptação na família, sociedade e trabalho; dar apoio com vistas a um melhor enfrentamento de situações difíceis.
O tempo de duração de uma psicoterapia pode ser breve (por exemplo, a “focal”, que visa à resolução de um foco específico de sofrimento) ou longa, que perdura enquanto estiverem, de fato, se processando melhoras na qualidade de vida.Já? um tratamento psicanalítico visa a um maior aprofundamento, isto é, vai além dos inequívocos benefícios terapêuticos que mencionamos, sendo que o maior objetivo de uma análise é conseguir mudanças da estrutura interior do psiquismo. Objetiva, portanto, realizar verdadeiras e permanentes mudanças caracterológicas, de sorte a melhorar a qualidade de vida para uma pessoa que, por exemplo, seja exageradamente obsessiva, ou histérica, fóbica, depressiva, paranóide, psicossomatizadora etc.
Isso, na hipótese de que essa caracterologia, embora sem sintomas manifestos, de alguma forma possa estar prejudicando a si próprio e/ou aos demais, com sensíveis prejuízos e inibições nas capacidades afetivas, intelectivas, comunicativas, criativas e de lazer. Um tratamento psicanalítico habitualmente é processado com quatro (ou três) sessões semanais, comumente (mas não obrigatoriamente) com o paciente deitado no divã, e tem uma duração de vários anos.
O termo terapia analítica (ou psicoterapia de orientação psicanalítica) designa aquele tratamento em que há? certa superposição de psicoterapia e psicanálise e cujo denominador comum consiste na utilização do “método analítico” que, fundamentalmente, consiste em um conjunto de conhecimentos teóricos e procedimentos técnicos que possibilitam um acesso ao inconsciente do paciente.
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